Antônio de Pádua Costa de Almeida nasceu em Quixeramobim, no coração do Ceará, onde vive até hoje. Morou alguns anos em Fortaleza, para a conclusão dos seus estudos, formando-se em Odontologia e voltou para a sua terra, logo em seguida, para exercer a profissão. Até o ano de 1994, tinha um relacionamento superficial com Deus e com a Igreja. Embora nascido em uma família católica, que havia plantado nele, por meio da Igreja, a semente da fé, não tinha cultivado suficientemente aquele dom precioso. Exatamente por isto, pela falta do devido discernimento, acabou enveredando por um caminho de ilusão que o levaria à frustração e à morte eterna.

Naquela época, foi convidado por uma colega de trabalho a participar de um negócio, aparentemente, muito promissor. Segundo a proposta, em pouquíssimo tempo ele alcançaria sua independência financeira e poderia realizar todos os seus sonhos, pelo menos de ordem material. Após uma reunião, tendo acompanhado atentamente a apresentação do plano daquela empresa de marketing de rede, sentiu-se motivado e se se lançou naquela ideia. Em pouco tempo já estava visitando pessoas, fazendo grandes reuniões na sua cidade e sendo visto com bons olhos pelos que tinham lhe introduzido no negócio. Embora na apresentação da proposta ele tenha ouvido que aquele trabalho iria ocupar apenas uma pequena parcela do seu tempo, na prática, ele já não pensava, nem falava em outra coisa. Dedicava-se a ler livros e a ouvir gravações de motivação pessoal, que lhe ensinavam a convencer as pessoas de que naquela empresa encontrariam um verdadeiro caminho para a felicidade, pela realização financeira. A ilusão de enriquecer rápido, de forma lícita, fazendo amigos, levou a ver todas as pessoas ao seu redor simplesmente como oportunidades de negócio. Entusiasmado, ele era capaz de motivar a qualquer um a entrar naquele empreendimento. Foi assim que, após vincular à referida empresa sua irmã e seu cunhado, foram a Fortaleza para participar de um fórum promovido pela mesma, o qual iria capacitá-los a progredir ainda mais. Porém, na Sua infinita misericórdia, Deus iluminou um casal amigo que já haviam envolvido, para que o levasse a perceber que aquela empresa tinha princípios contrários à fé cristã e era enraizada no movimento Nova Era. Em uma conversa com aquele casal, certamente por uma graça particular, ele teve uma total clareza do erro que estava cometendo e a compreensão de que, até então, nada tinha feito para servir a Deus, em contradição com todo empenho que estava dedicando para anunciar aquele falso plano de realização pessoal.

Por providência divina, no mesmo horário em que aconteceria o fórum para o qual ele tinha ido, estava programado um grande encontro católico no Estádio Castelão, denominado Queremos Deus. Movidos pelo Espírito Santo, ele decidiu prontamente sair daquele negócio, romper com todos os vínculos e participar do evento promovido pela Igreja.

Ao entrar no Estádio, ele recebeu um verdadeiro choque de alegria. Foi impactado por aquela maravilhosa realidade diante de seus olhos: milhares de pessoas unidas pela fé, louvando e bendizendo a Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Uma Igreja viva, alegre! Uma expressão da sua Igreja que até aquele momento ele desconhecia. Era o dia 16 de janeiro de 1994. Durante aquela tarde de domingo ele se sentiu acolhido e lavado pelo amor de Deus. Ali entendeu que o Senhor perdoava seu erro e lhe confiava uma missão, que aos poucos o faria compreender e viver. A Palavra de Deus ali proclamada o fez perceber que ele era Templo do Espírito Santo, membro vivo da Igreja, corpo de Cristo, e, como Ele, deveria glorificar ao Pai com a sua vida.

Retornando a Quixeramobim, com sabedoria, Deus foi lhe introduzindo na vida da Paróquia, onde, a cada dia, ficava maravilhado com as pastorais e os movimentos que ia conhecendo. Outros, misteriosamente, uniram-se a ele e, na medida em que eles se abriam à inspiração de Deus, começaram a servir na animação litúrgica, no trabalho com os jovens e na comunicação, um número crescente de pessoas foi se aproximando e redescobrindo a Igreja, como eles, em particular a juventude. Foram caminhando e servindo, sentindo o desejo de uma doação cada vez maior.

Ele foi direcionado por uma religiosa ao bispo diocesano, Dom Adélio Tomasin, que passou a lhe orientar, levando-o a aprofundar aquele chamado. Como fruto deste caminho de discernimento vocacional nasceu no natal de 1997 a Comunidade Mariana Boa Semente, uma Associação Pública de fiéis, gerada no ventre de Nossa Senhora, a Imaculada Rainha do Sertão. Uma Nova Fundação, reunindo os vários estados de vida, jovens, adultos, todos consagrados à Mãe de Jesus, servindo nas diversas paróquias onde o Senhor os têm enviado.

Pádua é casado, tem três filhos e trilha, ao lado de sua família, esse empolgante caminho de fé, dedicando-se inteiramente à evangelização.

Deus é grande! Deus é bom! Deus é misericórdia!

“A humanidade grita nos quatro cantos da terra ‘queremos Deus’, quando clama ‘queremos a felicidade’. E nós, cristãos, que a encontramos em Jesus, temos a obrigação de anunciá-Lo. Desejo que, assim como eu, por obra do Espírito Santo, cada um descubra por que Deus o plantou na terra e se lance na Sua vontade, dizendo um sim generoso como o de Maria, para que o projeto do Pai se faça em nós e, juntos, como Igreja, proclamemos as maravilhas da Sua bondade.”

Pádua Costa

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