Movimento Sacerdotal Mariano sustenta sacerdotes por meio da oração
Encontro Nacional do MSM será iniciado nesta sexta-feira, 18, na sede da Canção Nova; padre e missionário frisam: oração pelos padres contribui com a Igreja
Aproximadamente 20 mil pessoas, entre padres, leigos e membros do Movimento Sacerdotal Mariano (MSM), vindos de várias partes do Brasil, participam, neste final de semana, na sede da Comunidade Canção Nova – em Cachoeira Paulista (SP), do Encontro Nacional. Entre as presenças confirmadas está o responsável mundial do MSM, padre Luca Pescatori; o sacerdote da Arquidiocese de Cuiabá (MT), Paulo Ricardo; o padre da Diocese de Lorena e membro do Movimento há 40 anos (25 anos como presbítero), Rivelino Nogueira, e o missionário da Canção Nova e coordenador do MSM no Paraguai, Flavio Pinheiro da Costa.
“Comecei a fazer parte do MSM em 1984. Eu ainda era candidato ao seminário e estava iniciando minha vida paroquial como acólito. (…) O Movimento chegou em Cruzeiro através de um casal, Marino e Cida. Foi através deles (e com eles) que comecei a participar dos Cenáculo nas casas, em toda a Diocese de Lorena”, recorda padre Rivelino.
De 2002 a 2018, o sacerdote conta que foi a Roma para fazer o Retiro Internacional com o padre Stefano Gobbi (fundador do Movimento). Ele também esteve presente no enterro e na celebração das Exéquias do padre Gobbi, em 2011, na Itália. “São muitos anos. Se olhar o manual do movimento, lá tem fotos do Retiro Internacional e eu estou lá, desde 2002, participando e rezando. Então, eu posso dizer que o movimento faz parte da minha vocação sacerdotal”.
Mais perto de Maria na pandemia
Flavio conheceu o MSM, entre 2020 e 2021, durante a pandemia. Enquanto buscava algo que o incentivasse a aprofundar a vida de oração, a partir de um viés mariano, conheceu o Movimento Sacerdotal Mariano. “Ensinaram como rezar, a leitura da mensagem e a consagração ao Imaculado Coração de Maria”, lembra. A esposa do missionário já tinha conhecimento do Movimento, mas foi na pandemia que Flavio se juntou a ela para estar mais próximo de Nossa Senhora.
“No bairro onde morávamos, nós nos tornamos referência de oração”, conta o coordenador do MSM no Paraguai. “Nos reuníamos para rezar o Rosário, para meditar e refletir sobre as mensagens de Nossa Senhora, e propagar a consagração. (…) Foi um grande impulso para que pudéssemos também suportar aquele tempo tão difícil da pandemia”.
Após ser transferido para a frente de missão da Canção Nova no Paraguai, Flavio afirma que ele e a esposa prosseguiram com o Movimento Sacerdotal Mariano e não perderam este vínculo. Consequentemente, ele revela que a família se tornou referência do Movimento também naquele país. “Na próxima semana, teremos a graça de receber, pela primeira vez no Paraguai, o responsável mundial do Movimento Sacerdotal Mariano, o padre Luca Pescatore”, sublinha. O sacerdote também é presença confirmada no Encontro Nacional deste final de semana.
Movimento Sacerdotal Mariano
A origem do Movimento Sacerdotal Mariano remonta a uma inspiração interior que padre Stefano Gobbi teve em Fátima, mais especificamente em 8 de maio de 1972. Enquanto participava de uma peregrinação, ao rezar sozinho na Capelinha das Aparições por alguns sacerdotes “rebeldes à autoridade da Igreja”, o presbítero sentiu um convite interior de Nossa Senhora para reunir os sacerdotes que se consagraram ao seu Imaculado Coração. Antes do final daquele mesmo mês, padre Gobbi teve um pequeno sinal de confirmação de Nossa Senhora em Nazaré, na Basílica da Anunciação.
A partir de outubro daquele mesmo ano, o sacerdote deu passos que ajudaram na consolidação do MSM. Em menos de um ano, o grupo já somava 40 padres inscritos. Perto de completar um ano da inspiração aconteceu o primeiro Encontro Nacional, próximo a Roma. Em 1974 começaram os primeiros Cenáculos de oração e de fraternidade. O MSM conseguiu expandir-se de maneira silenciosa. Em quase todas as nações da Europa, América, Ásia, África e Oceania, já se estabeleceram os responsáveis nacionais, encarregados de recolher as adesões e de acompanhar a formação dos Cenáculos.
Sacerdotes, filhos prediletos de Maria
“O Movimento tem como objetivo rezar pelos sacerdotes, (…) filhos prediletos de Nossa Senhora”, pontua padre Rivelino. A relação entre os sacerdotes e a Virgem Maria é muito estreita, acrescenta Flavio, por isso, geralmente, muitos padres consagram a sua vocação a Nossa Senhora. “Sendo o sacerdote a figura do Cristo na Terra, não podia ser diferente essa relação”.
Uma das formas de contribuir com a Igreja é a oração. Desse modo, Flavio ressalta a importância dos fiéis não se perderem nos erros de alguns sacerdotes, mas de ter uma atitude de oração. Como alguém que é consagrado, “retirado do meio do povo para servir o povo”, o padre precisa ser sustentado pela oração deste mesmo povo a quem ele serve, salienta o coordenador do Movimento no Paraguai.
“Nada mais justo do que os fiéis, os leigos, se unirem para rezar por esses sacerdotes, que, muitas vezes, passam por dificuldades psicológicas, físicas, até mesmo na sua afetividade.” Segundo o missionário, a oração é um gesto de caridade que precisa ser cultivada, além da proximidade e da escuta.
“Os próprios sacerdotes vivem a angústia, a solidão, o medo, as inseguranças”, e isso, em situações extremas, já levaram a suicídios, alerta Flavio. Ele incentiva os fiéis a rezaram pelas vocações dos sacerdotes, para que Deus inspire mais vocações presbiterais, para que os padres busquem a santidade e levem o povo a vivê-la também.
0 Comentários