Aplicativos de transmissão ao vivo devem crescer em 2016
Tanto o Periscope quanto oSnapchat chamaram a atenção por gerarem conteúdos que expiram depois de um curto período de tempo.
Em 2015, aplicativos de dados em tempo real fizeram com que o internauta usasse mais a banda larga móvel do seu celular. Tanto o Periscope quanto oSnapchat chamaram a atenção por gerarem conteúdos que expiram depois de um curto período de tempo. Mas, apesar da popularidade dos dois, o pesquisador e professor em Comunicação da Unipampa, Marco Bonito, considera outra rede social como a melhor de 2015: o Instagram.
O Instagram permite a publicação de fotos (tratadas com filtros ou não) tiradas por usuários da ferramenta. Para facilitar o compartilhamento e criar uma rede social online, os internautas podem utilizar hashtags para categorizar livremente as fotos, curtir o material, seguir outros usuários e fazer comentários. Para os usuários que querem ter maior controle sobre a privacidade, os perfis podem ser públicos ou privados.
De acordo com o pesquisador, o aplicativo criado em 2010, ganhou maturidade no último ano. “O Instagram em 2015 teve a melhor performance entre a relação de número de inscritos e de usuários efetivos do sistema. Se tivesse um prêmio a ser dado, seria para ele”, aponta.
Limitações para Snapchat e Periscope
Questionado sobre o papel do Snapchat e Periscope, que se popularizaram em 2015, o professor considera que a banda larga móvel brasileira é responsável pela limitação técnica das ferramentas. Ambas trabalham com a transmissão de vídeos e áudio e exigem maior quantidade de dados em uma conexão.
Para Bonito, o próximo ano promete dias melhores para os dois: “Temos a perspectiva que a rede 4G terá mais espaço para funcionar. Hoje, o número de pessoas que tem 4G e a usam efetivamente é baixo e as operadoras de telefonia limitam o uso de transmissão de vídeos”, relata. Em 2016, com a migração para a TV Digital, frequências antes usadas pelas TVs analógicas serão liberadas para ampliação do serviço 4G das empresas de telefonia.
O pesquisador avalia também que houve melhorias na banda larga, o que falicitou o consumo e a produção de material audiovisual. “O brasileiro tem predisposição para a linguagem audiovisual. Ele está melhor alfabetizado na linguagem audiovisual do que a linguagem escrita, por exemplo”.
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