Missão na rua Brasilia
Ser missionário é suportar a incompreensão e desdobrar-se para compreender. É sentir-se impotente frente a dor do outro, e mesmo assim acreditar que algo ainda pode ser feito por ele. É chorar a própria solidão e a dor da perda de pais e filhos que mal conhecemos. É abrir mão da própria cultura, para abraçar […]
Ser missionário é suportar a incompreensão e desdobrar-se para compreender. É sentir-se impotente frente a dor do outro, e mesmo assim acreditar que algo ainda pode ser feito por ele. É chorar a própria solidão e a dor da perda de pais e filhos que mal conhecemos. É abrir mão da própria cultura, para abraçar uma outra, totalmente diferente.
Ser missionário é distanciar-se da família de sangue, para se aproximar de tantas outras para integrar-se a elas. É fundir a alma todo dia, dividida entre a saudade dos que ficaram para trás e a alegria de estar com aqueles que o próprio Deus lhes reservou. É adaptar o paladar a novos sabores, o ouvido a novos sons, o olfato a novos cheiros, a alma a novas e diferentes espiritualidades.
Ser missionário é pensar com a cabeça dos outros e amar com o coração de Deus. É perder a casa, para ganhar o mundo. É deixar de ser amado por alguns, para ter a possibilidade de ser amado por muitos. É descobrir-se plural sem violentar o singular.
Enfim, ser missionário é saber onde nasceu, mas não saber onde morar ou morrer. É estar nas mãos de Deus e não desejar outra coisa a não ser fazer sua Divina Vontade. É saber que, independente de onde esteja, o lugar onde estiver é o lar que Deus lhe preparou. -Padre André Ricardo
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