Para entender as indulgências
por Karyne Araújo SantiagoNo sacramento da reconciliação, o penitente acusa seus pecados, recebe uma absolvição e o padre impõe uma penitência, mas na história da igreja nem sempre essa foi a ordem das etapas desse sacramento.
Para entender as indulgências
Para entender o que são indulgências, precisamos primeiro admitir que o pecado tem uma dupla consequência. O pecado grave nos priva da comunhão com Deus, e consequentemente nos torna incapazes da vida eterna, portanto esta privação se chama “pena eterna” do pecado. A pena eterna é remida através do sacramento da reconciliação. A segunda consequência é a “pena temporal”, que pode ser descrita como o apego prejudicial às coisas e às criaturas, a desordem e o estrago que o pecado, até mesmo venial, causa. Esta pena exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado purgatório (CIC 1472).
No sacramento da reconciliação, o penitente acusa seus pecados, recebe uma absolvição e o padre impõe uma penitência, mas na história da igreja nem sempre essa foi a ordem das etapas desse sacramento. Antigamente, o fiel se confessava, recebia uma penitência que poderia durar minutos, dias ou anos, dependendo da gravidade do pecado ou da reparação que necessitava ser feita e, só após cumpri-la, voltava ao sacerdote para receber a absolvição. Isto acontecia no sentido de necessidade da penitência para resolução da bagunça que o pecado causou em nós.
Nossa Senhora, em Fátima, também pediu aos pastorinhos que oferecessem penitência pelos pecadores, e isto só faz sentido crendo que a igreja é um só corpo. É olhando para essa unidade da igreja militante (que caminha na terra), padecente (dos fiéis que estão no purgatório) e triunfante (que estão na glória celeste), que podemos compreender as indulgências. A indulgência é, portanto, a remissão diante de Deus da pena temporal devida pelos pecados já perdoados, que o fiel bem-disposto obtém, em condições determinadas, pela intervenção da Igreja que, como dispensadora da redenção, distribui e aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e dos santos. A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberação parcial ou total da pena devida pelos pecados. Todos os fiéis podem adquirir indulgências para si mesmos ou aplicá-las aos defuntos (CIC 1471).
As indulgências no mês de novembro
Normalmente, entre os dias 1 e 8 de novembro a Igreja concede indulgência plenária aos fiéis pelas almas do purgatório, da seguinte forma:
Confessando-se, comungando e visitando o cemitério, orando pelas almas do purgatório e orando pelas intenções do Santo Padre, o Papa.
No dia 2 de novembro não é necessária a visita ao cemitério para se obter a indulgência, sendo necessária apenas a visita piedosa a uma igreja ou oratório e ali rezar o Pai-Nosso e o Credo.
Por causa da Pandemia, a Penitenciária Apostólica estendeu os dias para lucrar indulgência plenária nesse mês de novembro de 2020 para até o fim do mês, com o intuito de evitar aglomerações e permitir que um maior número possível de fiéis possa obtê-la.
A Penitenciária Apostólica decretou que a Indulgência Plenária de 2 de novembro pode ser transferida não apenas para o domingo precedente ou seguinte ou para o dia da Solenidade de Todos os Santos, mas também para outro dia do mês de novembro, à livre escolha de cada fiel.
Os idosos, os doentes e todos aqueles que por motivos graves não podem sair de casa, por exemplo, por causa das restrições impostas pela autoridade competente para o tempo de pandemia, a fim de evitar que um grande número de fiéis se aglomere nos lugares sagrados, poderão obter a Indulgência Plenária desde que, unindo-se espiritualmente a todos os outros fiéis, completamente distantes do pecado e com a intenção de cumprir o mais rápido possível as três condições habituais (confissão sacramental, Comunhão eucarística e oração segundo as intenções do Santo Padre), rezem orações piedosas pelos falecidos diante de uma imagem de Jesus ou da Bem-aventurada Virgem Maria, como por exemplo, Laudes e Vésperas do Ofício dos Defuntos, o Rosário Mariano, o Terço da Divina Misericórdia, outras orações pelos mortos queridos dos fiéis, façam a leitura meditada de uma das passagens evangélicas propostas pela liturgia dos defuntos ou uma obra de misericórdia oferecendo a Deus as dores e dificuldades da própria vida.(Fonte: CNBB).
Karyne Araújo Santiago
Postulante na dimensão de Aliança da Comunidade Mariana Boa Semente
Missão Juazeiro do Norte
1 Comentário
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A paz de Cristo e a alegria de Maria.
Estou rezando todos os dias que tem missa na minha paróquia por uma alma do purgatório, com forme encima o professor Felipe Aquino em uma catequese.
#A condição mensal
#A comunhão eucaristia
#1pai nosso
#1ave Maria
#1gloria ao pai meia Hora de adoração,mas cem ir ao cemitério, cera que é válido assim?