Família é projeto de Deus. Quando Deus, o Pai de infinita Misericórdia, pensou nesse projeto maior chamado família, o fez pensando em felicidade plena para todos os seus filhos.
Família é projeto de Deus. Quando Deus, o Pai de infinita Misericórdia, pensou nesse projeto maior chamado família, o fez pensando em felicidade plena para todos os seus filhos. Ao criar o homem e a mulher, como protagonistas desse precioso projeto, Deus os colocou no Paraíso, imaginando a concretização da felicidade plena para ambos. Assim, iniciou-se a família. Um projeto perfeito realizado por Deus (cf. Gn 2, 18).
A vocação da família é o amor. O amor descrito por São Paulo aos Coríntios 13, 1;4-8: “Ainda que eu falasse as línguas dos anjos, se não tiver amor, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca seu próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acabará”.
Entretanto, por não resistirem à oferta de liberdade para agir, nossos primeiros pais, Adão e Eva, engendraram-se pelo caminho do pecado, que os atraiu. O preço que pagaram foi a expulsão do Paraíso. A família criada por Deus, com amor e para o amor, afastou-se de Deus amor.
Como Deus é imutável, continua amando seus filhos, que optaram por afastar-se d’Ele. Amor insuperável e total que o levou a enviar seu Filho amado para morrer por todos nós e que permanece para sempre ao nosso lado desejoso em ver nossa família segundo seu projeto: família feliz! Porém, a humanidade encontra-se inebriada pelo desejo do ter, em busca de tesouros que a traça corrói, e acaba por não dedicar o devido cuidado, como deveria com esse tesouro maior que Deus lhe confiou.
A família vem sendo insistentemente atacada de todas as formas imagináveis e inimagináveis para sua destruição, mas Deus não se cansa de buscá-la, tal qual a ovelha perdida, que sai do aprisco em busca dos prazeres que o mundo lhe oferece e, ao sentir-se na escuridão, experimenta medo e deixa-se alcançar pelas mãos do Todo Poderoso que, com amor, a coloca nos braços, tira-lhes os espinhos, cura-lhes as feridas e dá-lhe o imenso abraço do Pai de Amor.
A família nunca foi e nem será instituição falida, como tentam nos convencer. O plano de Deus é um só: Deus fez um homem e uma mulher e os uniu, até que a morte os separe. Os filhos são dádivas de Deus; e dádivas devem ser cultivadas! Há não muitas décadas, a família era composta de um homem e uma mulher e tinham seus filhos com responsabilidade. O papel do homem era o de provedor daquele lar. Com o suor de seu rosto, mantinha sua família com dignidade. A mulher então ajuda adequada para seu esposo, cuidava da prole e da administração do lar. Os filhos eram prioridade para os pais, que os amavam e os respeitavam. Pediam bênçãos e eram abençoados por seus pais. Famílias numerosas, onde era um por todos e todos por um. A família era um porto seguro, um oásis neste imenso deserto da vida.
Lamentavelmente, hoje vemos pais que não respeitam seus filhos, filhos que não respeitam seus pais. Cada qual buscando seu próprio interesse. O lar, que se mostrava como um continente, transformou-se em ilhas, com vários arquipélagos. Cada um na sua ilha particular e, às vezes, o relacionamento entre todos seus membros é feito de “forma simples e prática”, usando seu celular até para convidar-se para os momentos de refeição.
Esses arquipélagos, geralmente são habitados por todo tipo de pessoas, de todas as raças, cultos e níveis educacionais, através da internet, que tem sido a principal companhia, tanto de pais, como de seus filhos, que em seu quartos interagem de forma alucinada com todo o mundo; porém, esquecendo-se uns dos outros dentro de casa.
Quando percebem, as “raposinhas” (cf Can 2, 15) já adentraram àquele pomar e já acabaram com os frutos da alegria, da paz, do amor naquela família, porque caçar coisas grandes é fácil, vemo-las rapidamente, mas as coisas pequeninas muitas vezes não aparecem, ficam escondidas.
O ninho abandonado por seus responsáveis dá, então, ensejo para que os gaviões do tráfico, da prostituição e outros mais, levem nossos filhotes para nunca mais voltar ou, quando não, voltam desconsertados, destruídos, o que torna a família infeliz, fora dos planos de Deus.
Nesta Semana Nacional da Família, voltemos nossos olhos para a nossa família, para as famílias ao nosso redor e, com misericórdia, façamos a nossa parte, assim como o fez o pequeno beija-flor que, com seu biquinho tão pequeno, se dispôs a ajudar a apagar o fogo que devorava a floresta.
Somos nós, é você, todos nós que conhecemos o poder da transformação pelo amor de Deus, que somos convocados a lutar para levar a notícia da Salvação em Jesus Cristo, para todas as famílias que cruzarem nosso caminho.
Roguemos à Sagrada Família, nosso exemplo e inspiração, que nos impulsione também a entrar no combate em prol das famílias. Que o Espírito Santo nos inspire a todos, porque o projeto de Deus é que as famílias sejam felizes, ligadas à videira verdadeira: JESUS CRISTO. Nossa missão é resgatar famílias para Deus!
Onde tem família, tem alegria!
Carlos e Cleusa Bombonati
Coordenadores Nacionais do Ministério para as Famílias
Renovação Carismática Católica do Brasil
http://www.rccbrasil.org.br/espiritualidade-e-formacao/index.php/artigos/1270-familia-volte-a-sua-identidade
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