Francisco escreve prefácio de livro que será oferecido a Bento XVI
Na próxima terça-feira, 28, na Sala Clementina do Palácio Apostólico, serão celebrados solenemente os 65 anos de sacerdócio de Joseph Ratzinger, com a presença do Papa Francisco.
Na próxima terça-feira, 28, na Sala Clementina do Palácio Apostólico, serão celebrados solenemente os 65 anos de sacerdócio de Joseph Ratzinger, com a presença do Papa Francisco. E o Papa emérito receberá como presente o primeiro livro de um projeto sobre temas fundamentais de seu pensamento, com o prefácio escrito pelo Papa Bergoglio.
O livro dedicado ao sacerdócio e publicado em seis línguas – alemão, francês, polonês, espanhol, inglês e italiano – é uma coletânea de escritos e pregações de Ratzinger aos sacerdotes.
No prefácio, Francisco usa uma expressão de Hans Urs von Balthasar – “Teologia de joelhos” – para elogiar o testemunho do predecessor: “Antes mesmo de ser um grandíssimo teólogo e mestre da fé, vê-se que é um homem que realmente acredita, que realmente reza; vê-se que é um homem que personifica a santidade, um homem de paz, um homem de Deus. Cada vez que leio as obras de Joseph Ratzinger – Bento XVI, fica sempre mais claro que ele fez e faz ‘teologia de joelhos’”.
Francisco destaca que, ao renunciar o exercício ativo do ministério petrino, Bento XVI decidiu “dedicar-se totalmente ao serviço da oração”. E do Mosteiro Mater Ecclesiae, onde vive atualmente, “mostra o essencial aos sacerdotes: não o ativismo do fazer mas rezar pelos outros, sem interrupção, alma e corpo”.
“Bento XVI está constantemente mergulhado em Deus e mostra o que é a verdadeira oração, o fator decisivo do qual a Igreja e o mundo têm necessidade como e mais do que o pão nesta mudança de época. Rezar significa confiar a Igreja a Deus sabendo que não é nossa, mas Sua; confiar a Deus o mundo e a humanidade”, observa
Para Francisco, Ratzinger incarna o “profundo enraizamento em Deus sem o qual toda a capacidade organizativa e toda a presumível superioridade intelectual, todo o dinheiro e o poder resultam inúteis e os sacerdotes se reduzem a assalariados, os bispos a burocratas e a Igreja a uma ONG supérflua”.
O projeto, idealizado e curado pelo Professor Pierluca Azzaro e pelo Padre Carlos Granados, prevê outros seis livros sobre ciência e fé, Europa, “minorias criativas”, política e fé, Universidade e Eucaristia.
Os escritos de Ratzinger foram selecionados pensando ao grande público, mas com um olhar científico. A introdução ao primeiro volume é do Cardeal Gerhard Ludwig Müller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e curador da opera omnia de Bento XVI publicado pela Livraria Editora Vatican.
Fonte: Canção Nova
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