Francisco no Angelus: “Fé, relação de amor e confiança com Deus”
“Fé, relação de amor e confiança com Deus”
Antes de rezar o Angelus com os milhares de fiéis, peregrinos e turistas reunidos na Praça São Pedro este domingo, 24, o Papa Francisco recordou que o Evangelho do XXI Domingo do Tempo ordinário apresenta o célebre trecho do relato de São Mateus em que Simão, em nome dos Doze, professa sua fé em Jesus como “o Cristo, o Filho de Deus vivo”. “Por isso, disse o Papa, Jesus chama Simão de “bem-aventurado”, pois reconhece em sua fé um dom especial do Pai, e lhe diz: “Tu é Pedro, e sobre ti construirei a minha Igreja”.
O Bispo de Roma explicou que Jesus atribui a Simão o nome “Pedro”, que na sua língua se diz “Kefas”, palavra que significa “pedra”; e recordou que na Bíblia, o termo “pedra” é referido a Deus. “Jesus não confere este nome a Simão por suas qualidades ou virtudes humanas, mas por sua fé genuína e firme, que também nós devemos ter”, esclareceu, completando:
“Jesus sente uma grande alegria porque reconhece em Simão a mão do Pai e a ação do Espírito Santo que lhe deu uma fé “confiável”, sobre a qual o Senhor poderia edificar sua Igreja, ou seja, a sua comunidade”.
O Papa disse ainda que o Senhor pensava na imagem de ‘construir’, tinha a comunidade como um edifício. Por esta razão, quando ouve a profissão de fé genuína de Simão, o chama ‘pedra’ e manifesta a intenção construir sua Igreja sobre esta fé.
“Este Evangelho interpela cada um de nós, porque quando o Senhor encontra em nosso coração uma fé – não digo perfeita – mas sincera e genuína, ele vê em nós pedras vivas, com as quais construir sua comunidade. Todo batizado é chamado a oferecer a Jesus a sua própria fé – pobre, mas sincera – para que Ele continue construindo a sua Igreja em todas as partes do mundo”, disse.
O Pontífice comentou que em nossos dias, as pessoas pensam que Jesus é um grande profeta, um mestre de sabedoria, um modelo de justiça. E concluiu convidando todos a pensar na resposta que daríamos à pergunta: “Quem vocês pensam que eu sou?”.
Foi depois da recitação das Ave Marias que Papa Francisco dirigiu o seu pensamento (disse) “à amada terra da Ucrânia” (onde se celebra hoje a festa nacional), “a todos os seus filhos e filhas, às sua aspirações de paz e serenidade, ameaçados por uma situação de tensão e de conflito que tarda a placar-se, gerando tanto sofrimento entre a população civil.”
Confiemos ao Senhor Jesus e a Nossa Senhora toda a Nação e rezemos unidos sobretudo pelas vítimas, suas famílias e todos os que sofrem.
Nas saudações finais aos diversos grupos de peregrinos presentes, o Papa exortou a que, tornando a suas casas, tratem de testemunhar a própria fé cristã. Como sempre pediu que rezem por ele e a todos desejou um bom domingo e bom almoço…
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