Sofrimento dos cristãos no Oriente Médio chega à ONU
Sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas deve discutir, nesta sexta-feira, a situação dos cristãos e outras minorias na região
Sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas deve discutir, nesta sexta-feira, a situação dos cristãos e outras minorias na região
Rádio Vaticano
A situação dos cristãos perseguidos no Oriente Médio chega ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Nesta sexta-feira, 27, está convocada uma sessão do Conselho para debater a condição das minorias naquela região, que têm sofrido com a violência do Estado Islâmico. Liderando a comitiva, o Patriarca dos Caldeus, Louis Raphael Sako, leva pessoalmente o testemunho do drama dos cristãos do Iraque.
A ideia de convocar uma sessão especial do Conselho de Segurança sobre este tema foi anunciada pela França e seguida por uma declaração conjunta do Vaticano, Rússia e Líbano, subscrita por outros 65 países.
“Pedimos à comunidade internacional – consta no texto – que defenda a presença de todas as comunidades étnicas e religiosas que têm profundas raízes históricas no Oriente Médio”. “Tais comunidades veem ameaçada a sua própria existência pelo chamado Estado Islâmico, por Al Qaeda e por grupos terroristas filiados, que criam o risco de fazer desaparecer totalmente os cristãos”.
Evento inédito
O debate no Conselho de Segurança da ONU será o primeiro dedicado à perseguição dos cristãos. O evento se realiza depois de várias denúncias das comunidades locais sobre a indiferença do mundo com relação a essa realidade.
No Iraque, há mais de nove meses, milhares de cristãos são obrigados a fugir de Mosul e da Planície de Nínive sem levar nada consigo para o Curdistão, onde vivem em condições indizíveis.
O problema vai além da questão contingente do ‘Califado’: alguns dias atrás, falando ao Parlamento, o Patriarca Sako pediu às autoridades iraquianas uma lei que puna penalmente pregadores religiosos que fomentam a violência. E expressou de novo sua preocupação pelas milhares de famílias inocentes que estão sem assistência alguma, em fuga do Estado Islâmico
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