Existe um caminho para a reconciliação?
por Paulo Victor e Letícia DiasO que significa a reconciliação? Pregar a reconciliação num mundo como o nosso, onde o rancor e a vingança vão ganhando espaço nos corações, é uma grande e difícil tarefa. Na maioria das vezes, o gosto é amargo, mas não é impossível! Reconciliação significa realizar um acordo entre as partes numa comum unidade e entendimento. Porém, […]
O que significa a reconciliação?
Pregar a reconciliação num mundo como o nosso, onde o rancor e a vingança vão ganhando espaço nos corações, é uma grande e difícil tarefa. Na maioria das vezes, o gosto é amargo, mas não é impossível! Reconciliação significa realizar um acordo entre as partes numa comum unidade e entendimento. Porém, o verbo grego tem uma força de expressão maior: indica a passagem de um estado para outro.
Apresento aqui duas formas de reconciliação: com Deus e com os irmãos (pai, mãe, filhos, amigos, cônjuges, vizinhos). A reconciliação com Deus é sempre necessária e urgente. Reconciliar-se com o Senhor é deixar-se fazer novamente amigo d’Ele, experimentar Sua misericórdia e deixar que Ele a exercite em nós!
Na verdade, todos nós necessitamos de misericórdia por causa das nossas grandes responsabilidades, assim como por causa da nossa fraqueza e miséria moral. Mal podemos dar três passos sem errar algum. Aprendamos a usar o caminho privilegiado da reconciliação, que é o sacramento da confissão, como sinal sagrado instituído por Cristo para perdoar os pecados mortais e para incrementar a graça santificante.
Também podemos falar a Deus quando nosso coração está pesado e sem motivação, quando estamos tristes ou preocupados. São atos simples que podem ser feitos em qualquer lugar e mantêm a nossa alma orientada para o Senhor. Eles nos preparam para uma boa e sincera recepção do sacramento da penitência.
A reconciliação com nossos irmãos é essencial. É a oração do Pai-Nosso: “Perdoai-nos assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Com certeza, não haveria verdadeira reconciliação com Deus se não houvesse um perdão sincero pelas faltas dos nossos próximos. Olhando para a parábola do Filho Pródigo (cf. Lc 15, 1ss), a atitude do filho mais velho é altamente significativa. Ele também tinha necessidade de se reconciliar com o coração de seu pai. Apesar de estar fisicamente próximo, espiritualmente estava muito longe e precisava da misericórdia do Pai.
Podemos dizer que o filho mais velho descobre a misericórdia do Pai vendo a misericórdia deste para com seu irmão. Faz-se, por assim
Se hoje você enfrenta esse grande desafio interior de perdoar, creia e dê o passo. Perdoar e reconciliar-se é experimentar um pouco de Deus, é sentir o gosto bom da presença d’Ele em nós! É a sensação de vitória, de bem-estar por ter vencido um obstáculo. É vivência de uma obra nova dentro de nós.
Tenha a disposição interior de perdoar e, depois disso, dê um passo, faça um gesto concreto.
Perdoar é libertação para o coração, para a alma. Não tenha medo!
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