Bendita Leitura: O preço a pagar
por Boa SementeFalando em experiência, você já experimentou algo tão forte na vida que lhe motivou até mesmo a uma transformação em suas convicções mais profundas? 7 novembro 2018 Certamente todos nós já vivemos inúmeras experiências na vida, afinal, desde a agradável e trivial sensação de matar aquela sede terrível com uma água bem gelada, até a […]
Falando em experiência, você já experimentou algo tão forte na vida que lhe motivou até mesmo a uma transformação em suas convicções mais profundas?
Certamente todos nós já vivemos inúmeras experiências na vida, afinal, desde a agradável e trivial sensação de matar aquela sede terrível com uma água bem gelada, até a dor extrema de sermos rejeitados por quem mais amamos, são formas de experiência.
Inclusive, a sede que você acabou de sentir quando leu o parágrafo acima ou a lembrança daquela marca dolorosa de um relacionamento mal sucedido que veio à sua memória agora mesmo, são consideradas experiências, ou seja, um conhecimento ou sensação adquiridos através dos sentidos.
Obviamente, há outras definições sobre o termo experiência, principalmente no que tange à área filosófica, porém, não nos importa divagar aqui sobre estes conceitos, mas apenas indicar um livro que proporcione a você, caro leitor, uma boa experiência literária.
Falando em experiência, você já experimentou algo tão forte na vida que lhe motivou até mesmo a uma transformação em suas convicções mais profundas?
Eu já.
Vale dizer que não foi uma experiência com algo, mas com alguém: a experiência com a pessoa de Jesus Cristo, através do Seminário de Vida no Espírito Santo, do qual, recentemente, consegui descobrir a data exata: 20 a 22 de setembro de 1996.
E posso dizer que foi A experiência mais importante da minha vida, com o “A” maiúsculo mesmo, pois foi o que desencadeou, juntamente com a recepção dos sacramentos do Batismo, Comunhão e Crisma, a minha decisão de seguir a Cristo mais de perto, por meio da consagração de vida no Carisma Shalom.
E é exatamente de uma experiência dessas, que promove uma virada de 180º na vida, que a dica de leitura de hoje se trata. Me refiro ao livro “O preço a pagar”, que relata a autobiografia do iraquiano Muhammad Moussaoui.
É verdade que a escrita do livro deixa um pouco a desejar, ficando claro que o autor não é um escritor nato, todavia, quem se importa com isso, diante de toda a riqueza de detalhes e veracidade da narrativa?
Enfim, o livro conta a história da conversão ao Cristianismo do autor, um muçulmano rico, advindo do ramo Xiita, tradicionalista e perfeitamente enquadrado em todos os aspectos de sua fé islâmica.
Ocorre que, durante o cumprimento do serviço militar, Muhammad foi forçado a conviver com um jovem soldado cristão, o qual lhe apresentou a Bíblia e, a partir desta leitura, ele encontrou a verdade de uma forma nunca antes experimentada, o que lhe motivou a desejar tornar-se um cristão, óbvio, a extremo contragosto de sua família, que tentou dissuadi-lo de seu intento de todas as formas possíveis, inclusive, com ameaças de morte, encarceramento e todos os tipos de tortura física e psicológica possíveis.
Entretanto, o desejo por abraçar a fé cristã só crescia em seu coração, o que lhe motivou a ir até às últimas consequências, a fim de batizar-se e receber a Sagrada Comunhão.
Portanto, trata-se de uma leitura que vale muito a pena, através da qual, inclusive, é possível fazer uma releitura da nossa própria fé e nos questionarmos a respeito do nosso nível de empenho para vive-la em plenitude.
Voltando ao início do texto e resumindo a história, podemos concluir que Muhammad descobriu uma sede tão intensa dentro de si, que só poderia ser saciada de uma forma: com a experiência real e autêntica dos rios de misericórdia que só se tornam acessíveis através do encontro pessoal com Jesus Cristo, pelo qual vale todo preço a pagar, fato concretamente atestado por Muhammad, que perdeu a pátria, os bens, a reputação e até o convívio com a própria família, pois, como dizia Santa Teresa D’Ávila, é justo que muito custe o que muito vale, e, sendo assim, ele, que descobriu o tesouro de maior valor, não hesitou em perder tudo o mais, a fim de conquista-lo.
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